Mobile Learning nada mais é que utilizar do seu laptop, celular ou tablet para aprender. Esta é uma forma de reduzir o tempo reservado apenas para o aprendizado, permitindo também a atualização mais rápida de conteúdos, em relação aos métodos mais tradicionais de ensino, o que dá maior qualificação aos profissionais que as instituições formam.
Sim, tudo está convergindo para a mobilidade e portabilidade. Sejam aparelhos de TV, computadores, livros e, porquê não, o conhecimento. Você, mesmo que não tenha contabilizado ainda, tem uma noção do quanto tempo gasta no trânsito, por exemplo. Este tempo, precioso, poderia ser gasto vendo um seriado no seu iPod. Ou, aprendendo algo. A leitura não é muito recomendada durante trajetos longos, mas assistir a uma aula, por exemplo, pode ser a diferença entre o entendimento ou não de um determinado assunto.
Por que Mobile Learning? Onde o celular encontra a educação?
O rápido desenvolvimento tecnológico que está acontecendo sobre o potencial dos telefones móveis (Wi-Fi e 4G), junto com suas potencialidades originais já reconhecidas como recursos técnicos para o aprendizado – portabilidade, interatividade, sensibilidade ao contexto, conectividade e individualidade – sinalizam as condições favoráveis para os educadores estudem e desenvolvam abordagens de ensino que incluam aplicações destes dispositivos na escola.
Essas propostas podem incluir qualquer coisa, desde atividades simples de caráter comportamental, atividades na natureza construtivista, por meio da aprendizagem situada ou ensino colaborativo assistido por computador, com base na psicologia sociocultural de Vygotsky. Com a massificação do celular era previsível que o m-learning (mobile learning) se tornasse um elemento importante na aprendizagem formal dos nossos alunos, e como a aprendizagem ocorre de maneira informal, não sistematizada, sem a orientação dos professores. A perspectiva de que este aprendizado, em
nome de recursos de telefone celular, poderiam acontecer, cada vez mais, ambientes interativos com rede de colaboração forte, não necessariamente em sala de aula. Algumas possíveis aplicações do telefone móvel no processo de ensino-aprendizagem foram citados recentemente em ‘Interdidáctica’ a reunião pelo pesquisador do Laboratório de Inteligência Coletiva da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Dr. Rogério da Costa:ltar o dicionário, criar glossários de consulta, resolver quizes, ouvir o áudio e vídeo-aulas (podcasts) e tirar fotos.” “O aluno pode trocar mensagens (SMS), consu
Ele acredita, por exemplo, que esta forma de inteligência coletiva fornece resultados mais concretos e rentáveis do que os mecanismos de busca convencionais. No entanto, ele explica que os possíveis usos do mobile learning só têm um sentido educativo se for dada uma intenção pedagógica, isto é, se essas ações são executadas pelos jovens como um motivo para ter um projeto educacion
al proposto por seus professores e estão ligados a ele. “O mais interessante de qualquer mudança tecnológica não é o que os engenheiros dizem que vai acontecer, mas que as pessoas fazem com ele. Somos nós que estamos mudando, e não as tecnologias que nos fazem mudar.” Manuel Castells em entrevista com a BBC World .
Tendências do mobile learning no Mundo
Antes de pensar em mobile learning, vamos pensar em algumas das novidades tecnológicas que mais andam revolucionando,
seja na educação, seja no tratamento de pacientes ou ainda na socialização e inclusão de pessoas com deficiência ou restrição locomotora, os tablets tem se adaptado muito bem ao cotidiano das pessoas. Para fazer lista de compras, ler livros e sites, tirar fotos, levar em viagens ou, no que nos interessa, para aprender. Professores e gestores tem levado a tecnologia para facilitar o dia a dia de estudos, trabalho e treinamento de equipes. Mas muitos são os usos da nova tecnologia. Nesta lista, os usos que se destacam e que tendem a crescer.
Para começar, integrações baseadas em geolocalização. Em um museu, por exemplo, ao se aproximar de determinada obra, você recebe material explicativo sobre ela, em áudio, texto e/ou vídeo. Essa expertise pode ser levada para escolas e empresas, para ter acesso a textos de aula, informações sobre maquinário… ou gerenciamento de aulas online, vulgo mobile learning. Serviços em rede como o Moodle, onde notas, anotações de aulas e até provas podem ser compartilhadas entre alunos, professores e até os pais. Ebooks parecem querer dominar o cenário. Nos Estados Unidos já é o item mais vendido por algumas livrarias. Cloud Computing, ou computação em nuvem, é o uso de serviços online de armazenagem, onde ficam armazenadas informações que podem ser acessadas em qualquer lugar e hora. E as aulas costumam ser acessoradas pelos aparelhos dos próprios alunos.
Aprendizado coletivo online, com os blogs ou fóruns expalhados pela internet, o aprendizado pode ser construído coletivamente. A ascenção do tablet é um dos facilitadores de acesso à internet móvel e tem agregado muitas das possibilidades do mobile marketing. Estudar através das redes sociais também é uma realidade, disponibilizar apostilas no orkut e twitter, trocar informações e tirar dúvidas por fóruns ou mensagens. Para facilitar, professores tem investido em pequenas lições; com pequenas porções de conteúdo o interesse é despertado mais facilmente. Por último, o uso de ferramentas móveis em aprendizado nas empresas, em treinamentos e capacitações. Diminui custos, garante que o acesso dos funcionários à novas soluções seja mais rápida e respeita o ritmo de aprendizado de cada pessoa. Promissor o cenário, não é? Isso é mobile learning.
O mobile learning no mundo
O projeto Yoza, na África do Sul, é uma das muitas das histórias de sucesso na inclusão social baseada em envolvimento tecnológico e educação à distância – o que resultou em mobile learning. Este projeto, de Steve Vosloo, era inicialmente para incentivar adolescentes sul-africanos a ler histórias através de seus celulares. Ele acredita que mobile learning são as ferramentas para modificação social e baseia suas ideias no sucesso das histórias voltadas para aplicativos móveis lançadas no Japão.
Afinal de contas, o que se tem notado é que o celular (e outros dispositivos móveis, como ipod) é uma forte ferramenta de aprendizado e comunicação. Ao invés de ser visto como uma distração, o celular pode ser uma forma de integração entre o jovem estudante e o assunto em discussão. Numa platafora de mobile learning, com fácil acesso e na qual que a publicação de comentários é simples, a discussão sobre o texto acontece online e pode ser compartilhada entre amigos na rede. Da mesma forma podem trabalhar instituições de ensino, disponibilizando material para uso mobile.
O mobile learning no Brasil
Operadora de telefonia celular, pensando na Copa em 2014, lançou serviço de mobile learning no final de 2009, em parceria com empresa Kantoo. Chamado Kantoo english, o curso é voltado para estudantes de níveis iniciante e intermediário. A Vivo, que tem operação nacional, utiliza o twitter @vivonarede e o VivoBlog para divulgar novidades e alterações no serviço, além de funcionar como um helpdesk.
Para baixar o cliente Vivo envia um torpedo após ecebe uma mensagem de texto com as instruções para o download do curso de inglês. A plataforma do Kantoo English é um sistema de ensino via mobile learning, com milhares de palavras, frases, imagens e sons, além de comunidade de relacionamento e jogos. O aplicativo funciona como motivação ao aprendizado da língua, além de abrir precedentes para novas parcerias e possibilidades de aprendizado.
O que ter em mente quando pensar em mobile learning
Observando o modo como as pessoas enxergam os aprendizados móveis, um site norte americano fez uma lista dos erros mais comuns quando se trata da compreensão do que seria mobile learning. Primeiro, não se deve considerar que aprender por dispositivo móvel seja apenas mensagens de texto no seu celular. Os celulares são apenas uma das ferramentas disponíveis para tal, assim como netbooks, laptops, e-readers, tablets, consoles de video game como o Nintendo DS, mp3 e mp4, cameras digitais… Outra coisa é a associação a aprendizado durante um trajeto ou deslocamento. Você pode, sim, aproveitar o tempo de uma viagem longa, como a volta do trabalho para casa. Mas também quer dizer assistir a um podcast do sofá de casa. No mobile learning o aprendizado é móvel por estar ao seu alcance.
O conceito de mobile learning também não pode ficar preso apenas aos aplicativos para celular. Apesar de este ser um mercado importante, especialmente no aprendizado de línguas, você pode ainda acessar vídeos e arquivos de áudio, ou ainda produzi-los e enviar para colegas, entrar em redes sociais para debater temas estudados. O conteúdo não precisa ser curto. O grande barato de utilizar mobile learning é que o conhecimento pode ser desenvolvido depois, na forma de resolução de exercícios ou continuar a produção de conteúdo, completando as informações de um podcast, por exemplo. Por último, não é só o ensino informal e rápido que deve se apropriar das tecnologias. Se incluido no currículo, este processo pode documentar apresentações, visitas técnicas, ser utilizado como complemento de aulas ou ainda para acessoramento remoto.
1 Comment
Excelente publicação!
gostaria de saber qual o ano da publicação.
obrigado!