Continuando nosso processo de atualização, revisão e compilação das regras que definem o conceito de SMO, Otimização para/de Mídias Sociais, faremos uma reflexão sobre a segunda regra de Social Media Optimization. Vamos lá!
Social Media Optimization #2
Torne o compartilhamento fácil
Em 2006, quando as regras de Social Media Optimization foram anunciadas pela primeira vez por Rohit Barghava, a revolução que a popularização das mídias sociais acarretou no mercado de comunicação estava apenas começando, assim como a noção de colaboração. Uma das suas primeiras formas de manifestação na web foi a folksonomia e um dos primeiros locais destas manifestações foram os sites de Social Bookmarking, que traduzem perfeitamente os “princípios de cooperação apontados por Tim O’Reilly (2005) como alicerces desta nova fase da web: a) arquitetura de participação; b) aproveitamento da inteligência coletiva; c) riqueza decorrente da experiência dos usuários; e d) crença nos usuários como co-desenvolvedores.” (pg. 248 do Livro Blogs.com). Foi orientado por este novo espírito que Barghava pensou que a taxonomia social deveria não apenas ser incentivada no seu site, mas deveria ser facilitada ao máximo. Assim surgiu a segunda regra de Social Media Optimization: “Facilite a taxonomia social”.
Naquele momento do mercado, no qual Rohit estava inserido, facilitar a taxonomia social era implementar, no seu site, recursos para que ele pudesse ser compartilhado facilmente em redes de Social Bookmarking. Adotar medidas como a adição de ferramentas como os botões “Add do Del.icio.us” ou “Digg.it” e, principalmente, a certificação (técnica) de que as suas páginas do seu site tenham as meta-tags necessárias – meta-tags como a “Description”, por exemplo, que gera de forma automática a sugestão de redação das notas que acompanham um link no Delicious.
Porém hoje, os sites de Social Bookmarking aos quais Rohit se referia, são apenas uma das (muitas) maneiras que as pessoas dispõem para compartilhar conteúdo umas com as outras. Elas podem postar um link (encurtado, inclusive) no perfil do Facebook, incorporar um vídeo em um site/blog, mandar um tweet ou criar uma conversação com uma hashtag. Limitar os modos de compartilhamento apenas à taxonomia (social tagging e bookmarking) não faz mais sentido. Entretanto, a idéia principal desta regra continua a mesma: tornar o compartilhamento fácil. Se o potencial social do seu conteúdo é grande, ele deve ser acompanhado de mecanismos de fácil utilização para que as pessoas possam compartilhá-lo com o mínimo de esforço. E, além desta preocupação (básica), devemos estar atentos também a outro aspecto do compartilhamento nas mídias sociais: como estes conteúdos vão aparecer depois de compartilhados – e, principalmente, quais informações podemos obter destes compartilhamentos. Para tornar o compartilhamento do conteúdo do seu site fácil e intuitivo, mantendo este “controle” sobre as páginas compartilhadas pela internet dispomos de muitas ferramentas; a título de exemplo é válido destacar apenas três delas:
Facebook Open Graph:
O Open Graph é um exemplo clássico de como você pode garantir que as curtidas e compartilhamentos dos usuários no seu site serão bem visualizadas no Facebook. Basicamente, o Open Graph define a thumbnail (miniatura) e da descrição em texto que acompanham o compartilhamento de um página qualquer do seu site no Facebook. Você pode estar pensando: “sim, o Open Graph só serve para deixar os compartilhamentos do meu site mais bonitos”. Sim, acertou: mais bonitos e também mais estratégicos. A partir da personalização destes elementos você pode utilizar o título e a descrição do compartilhamento para gerar curiosidade sobre o seu conteúdo e incentivar o clique do usuário. Ou seja, você está otimizando o compartilhamento do seu conteúdo para que ele obtenha mais cliques. Estético e estratégico.
Encurtadores de Links:
Além da utilidade óbvia (encurtar URLs), os mecanismos de encurtamento de links oferecem uma série de vantagens para que possamos contabilizar os acessos ao site através de links encurtados. Alguns dos mecanismos mais completos, com o Bit.ly, oferecem informações de webanalytics valiosas como quantidade de compatilhamentos do link nas redes sociais, site de origem dos cliques, quantidades de cliques por dia/mês/ano, entre outros dados que podem servir para entender melhor os acessos provenientes de mídias sociais – e as particularidades desse público em relação aos outros, proveniente de outros meios de divulgação.
Mecanismos de Compartilhamento:
Um dos recursos mais básicos de um site hoje é o compartilhamento das suas páginas nas mídias sociais. Existe uma oferta muito grande de aplicativos que fazem isso para diversas plataformas, o importante é prestar atenção ao que eles podem prover a você, enquanto gestor: suporta as redes sociais mais utilizadas pelo seu público? encurta automaticamente as URLs compartilhadas? tem integração com o OpenGraph? Em sites de notícias, é muito comum vermos aplicativos, integrados ao Facebook, que automatizam este compartilhamento a medida que o usuário navega pelo site. Essa também é uma ótima opção, só com um grau de complexidade um pouco maior. E lembre-se: tão importante quanto a funcionalidade destes botões é a disposição deles. Redundância neste caso não existe, é otimização: adicione no começo do post (para os leitores mais preguiçosos), no fim do post, em widgets durante a leitura, entre outras opções. Para obter melhores resultados, faça novas experimentações constantemente.
Observação: A tradução da regra realizada por mim não foi literal, foi livre. Desta forma, além de adaptar a terminologia utilizada pela autor à nossa realizada, também acrescentei alguns comentários pertinentes. As versões originais da regra, em inglês podem ser achadas no Influential Marketing Blog (versão 2006 e versão 2010)