O Google Analytics é a principal plataforma de Web Analytics atualmente, presente em mais de 10 milhões de sites. Seu sucesso é derivado de uma infinidade de dados coletados e organizados visualmente a partir de métricas consolidadas no mercado. Além disso, a ferramenta ainda é gratuita.
Porém, é justamente essa grande quantidade de dados disponível que, muitas vezes, acaba por tornar o trabalho de análise do usuário comum mais difícil. A interface da ferramenta, apesar de ter sofrido melhorias ao longo do tempo, possui tantas opções, fontes e formatos que, se não usada corretamente, pode diminuir seu potencial.
Para que suas análises de métricas aproveitem, de fato, tudo o que essa plataforma tem a oferecer, este post apresenta 6 dicas para Google Analytics que vão te ajudar agora mesmo. Aprenda a criar análises mais completas, a extrair insights e ainda a usar recursos disponíveis para automatizar o trabalho e economizar tempo gasto com tarefas operacionais.
1) Use as dimensões secundárias
Você sabe usar as “dimensões secundárias” (ou secondary dimensions) no Google Analytics? Muitos usuários não conhecem, porém este recurso é algo simples de se usar e que agrega alto valor durante a realização de análises.
O recurso “dimensões secundárias” é uma variação de “dimensões primárias” (ou primary dimensions), cujos usuários já estão mais familiarizados. Este último é, basicamente, o principal parâmetro que normalmente analisa-se ao usar a plataforma do Google para métricas. Alguns exemplos de “dimensão primária” seriam: páginas, origem e campanha.
Ao observar qualquer uma das opções de dados do menu, normalmente alguma “dimensão primária” encontra-se selecionada, como por exemplo “páginas”. Abaixo do item, é visto o desempenho em números de todas as páginas do site que está sendo analisado, envolvendo número de visitantes, bounce rate, tempo médio, e etc.
Já quando falamos em “dimensões secundárias”, significa que estamos buscando aprofundar ainda mais estas análises apresentadas como padrão. Para usar este recurso, basta então clicar em uma das propriedades listadas ao selecionar uma “dimensão primária”. Por exemplo: se está analisando as páginas do site como uma “dimensão primária”, o Google Analytics irá mostrar uma lista de páginas e o desempenho de cada uma delas. Ao clicar em uma específica (como “/blog”), e selecionar no menu alguma “dimensão secundária” (como “tipo de tráfego”), a plataforma irá mostrar a distribuição de visitas à página “/blog” de acordo com o tipo de fonte de tráfego (direto, referência, social, orgânico, pago, etc).
Ou seja, usar as “dimensões secundárias” irá gerar análises mais aprofundadas, ideal para buscar mais informações de determinados aspectos das métricas padrões.
2) Crie metas
Além de poder analisar dados mais específicos e criar relações aprofundas na hora de colocar tudo dentro de um relatório, é também muito importante que estes relatórios em Web Analytics mantenham uma relação próxima com o Marketing. Ou seja, os relatórios realizados via dados do Google Analytics também podem (e devem) fornecer uma mensuração dos resultados de ações de Marketing da empresa analisada.
Para isso, nada mais essencial do que o recurso de definição de metas (goals) da plataforma. Com este recurso, é possível definir uma meta para cada objetivo de Marketing da empresa (por exemplo, visitar uma determinada página do site, ler tal artigo do blog, fazer download de um material, ou até assinar a newsletter). Estes objetivos são comuns na hora de traçar campanhas e ações de Marketing. Porém, sem métricas, não há como saber se o que tem sido feito está, de fato, gerando algum retorno ou dando resultados.
Por isso, a definição de uma meta na própria ferramenta de análise de métricas facilita o processo ao filtrar dados relacionados e gerar insights mais segmentados, algo extremamente importante para gerar relatórios práticos e voltados para a tomada de decisão.
Algumas das opções de metas que para usar no Google Analytics são:
- Destino: neste caso, a meta será atingida cada vez que a página definida for visitada por um usuário.
- Duração: aqui a meta será atingida quando o usuário passar mais tempo na página do que o definido, ou seja, quando o tempo de permanência bater o tempo estipulado.
- Páginas por sessão: quando um usuário passar por x páginas (a definir dependendo do que se espera atingir) durante sua visita, a meta será alcançada.
- Evento: este caso é usado quando espera-se que “algo aconteça” no site. E, quando este evento (pode ser um clique, um download, etc) for detectado, então a meta é considerada atingida.
Quando cada meta estipulada é alcançada com sucesso, significa que houve conversão. Logo, é possível também cruzá-las com outros dados gerados pela plataforma, relacionando a quantidade de conversão de tal campanha com, por exemplo, o material disponibilizado no site.
Por último, saiba que criar uma meta é fácil. Vá até a aba Administrador e escolha a conta e a propriedade para qual pretende-se definir a meta. Em seguida, clique em “metas” e depois em “nova meta”. Aqui algumas opções se abrião, sendo possível seguir os passos indicados e escolhendo nome e tipo de meta que se quer criar.
3) Faça o Teste A/B
Outra possibilidade que o Google Analytics traz ao usuário é a realização do eficiente Teste A/B. Considerado uma importante ferramenta de pesquisa, ele permite testar e validar hipóteses de mudanças em um site, principalmente quando pretende-se otimizar conversões.
Na prática, o que se faz é dividir o tráfego de uma determinada página em duas versões: a atual e a com modificações. O objetivo, por fim, é medir qual a versão que apresenta maior taxa de conversão.
Para criar um Teste A/B no Google Analytics, você deverá realizar os seguintes passos:
- Vá em “Experimentos” e crie um novo experimento e dê um nome a ele.
- Defina o objetivo deste experimento. Por exemplo, numa Landing Page, este é a conversão do visitante em Lead e é possível mensurá-la por meio do clique em um botão, aquele que será preciso para preencher o formulário.
- Insira a porcentagem que deseja dividir o tráfego: 50% fará com que metade dos visitantes seja direcionado para a página A, e a outra para a página B.
- Adicione os endereços das páginas que farão parte do teste, incluindo a variação 1 e a 2.
- Por fim, insira o código gerado no site, seguindo as instruções do próprio Google.
4) Segmente dados por campanha
Além de metas, um outro importante aspecto do relatório de métricas para o Marketing é poder mensurar o retorno do investimento. Aqui, algumas medições mais específicas ou que exigem precisão não são identificadas pela plataforma de imediato. Para isso, a solução usar campanhas para rastrear cada ação, facilitando o acompanhamento das métricas e as comparações dos dados.
O método é prático e simples, basta criar uma URL rastreável. A partir dela, é possível agrupar todas as ações específicas realizadas em uma determinada campanha, gerando uma visão analítica mais aprofundada e segmentada. Com esta URL rastreável, por exemplo, é possível quantas visitas e conversões tal ação gerou.
Para criar a URL rastreável, acesse este tópico no menu da plataforma e insira a URL original da página de destino. Em seguida, identifique onde a campanha está sendo exibida (origem da campanha ou campaign source) e depois o tipo de mídia usado para propagar o link (mídia da campanha ou campaign medium). Dê um nome à campanha e, se quiser, preenche mais informações sobre ela. Pronto! Para checar as URL’s criadas, basta entrar na área ”Campanha”, dentro do menu “Aquisição”.
5) Crie e personalize o Dashboard
Os Dashboards são como painéis de controle, compilam as principais informações e métricas disponíveis. Para quem trabalha quem saber como usar o Google Analytics, manter uma visão do todo é essencial.
Porém, no lugar de manter este painel como o padrão criado pelo próprio Google, usuários avançados costumam customizar essa área de entrada. Aqui, nossa dica é adicionar widgets, modificar a interface ao escolher determinados gráficos para representar tais dados, e também tornar mais visível apenas aquilo que é essencial consultar diariamente.
Por exemplo, algumas modificações comuns são: mostrar cronogramas de novos usuários, mapa geolocal de visitas, gráficos de barra para a taxa de rejeição da página e apresentação de dados das campanhas que estão online no momento.
6) Monitore eventos específicos
Para usuários experientes e com noções de código, ou que possui ajuda de um desenvolvedor, ou ainda que está buscando saber como usar o Google Analytics de forma avançada, a plataforma também permite configurar detalhadamente o que será coletado dos sites por meio de “eventos”.
Este recurso tem por objetivo mostrar como os usuários interagem com o site configurado, quais botões são clicados, que menu está aberto, sob quais circunstâncias esses “eventos” ocorrem, se pop-ups foram fechados, quais rotas foram traçadas quando há mapas, ou até se tiveram erros em formulários.
A riqueza de informação que este monitoramento traz para as análises é gigantesca. Para configurar a plataforma desta forma, é preciso primeiramente definir quais eventos irá mensurar e, em seguida, conversar com o programador para que ele insira os códigos gerados pelo Google em cada elemento que será monitorado da página.